terça-feira, 18 de novembro de 2008

TABALHO INFANTIL


TRABALHO INFANTIL.



Discutir trabalho infantil é tarefa difícil não só para as autoridades jurídicas, governamentais e de toda sociedade como um todo. Nos professores atentos às estatística, nem sempre verdadeiras, estamos muito mais preocupados com o problema, pois é junto de nós que ele se revela mais grave por se tratar de aprendizado e desenvolvimento natural da criança.
O estado faz as leis e garante seu cumprimento com instituições por ele, o governo, instituídas, mas cabe a escola denunciar.
O espaço e o tempo que a criança passa na escola é muito pequeno em relação ao espaço e o0 tempo que ela permanece fora da escola.
É nesse espaço, fora da escola que o problema se revela. Os motivos são os mais diversos.
A pobreza é o problema que mais tem contribuído para o fato.
Segundo Maristela Stela S.Granciani: "Milhões de pequenos brasileiros neste imenso pais estão no campo,nas plantações de cana, chá, no corte de babaçu, no sinal, nas inúmeras oficinas de quintal, são patrulheiros mirins nas cidades, aprendizes de fábricas, guardadores de carros, vendedores de rua, carregadores de cargas, empacotadores, engraxates, pequenas lavadeiras, office-boy, recolhedores de lixo, furtadores de toca-fitas, re3lógios, carteiras , pequenas prostitutas: pequenos auxiliares no mundo do tráfico."
Como coloca Maria Estela, podemos perceber que o problema esta na sociedade como continua dizendo Maria Stela em seu livro: "Pedagogia Social da Rua": "A criança, o adolescente e o jovem da rua já se transformaram, em fenômeno social de envergadura, neste final de século XX,(inicio do século XXI) na América Latina, desde o ponto de vista quantitativo até o qualitativo, pois tem sido notório seu aumento nos últimos anos,percebendo-se ainda um agravante nas formas de conduta, até no ponto de indentificar estes menores com os qualificativos de marginais, trombadinhas , ladrões e malandros."
São afirmações muito fortes, pois percebe-se que em toda parte as crianças estão sendo exploradas pelo sistema com atividades de toda sorte. São atividades muitas vezes que colocam para a escola um grau de dificuldade muito grande para identificar e um grau ainda maior de denunciar, como no caso do tráfico. mas não só no tráfico a dificuldade se apresenta para a escola. O que dizer de um pequeno vendedor de rua cujos pais estão desempregados, tendo que pagar aluguel e sustentar mais dois ou três crianças ainda bebes, como a escola vai dizer para estes pais que a criança não pode trabalhar. Nas lavoura diversas em que o pai depende do trabalho da criança e do adolescente, seus filhos, para ajudar nas mais diversas colheitas seja do fumo seja da maça, seja do babaçu e eté mesmo da cana de açúcar. Dizer que todo trabalho deve ser irradicado, esperando que a escola faça isso sozinha é pedir demais. todas as instituições devem trabalhas juntas, mas com a justiça dando o suporte necessário para que tudo possa caminhar para um objetivo comum, onde a justiça não pode auxiliar a escola, o governo deve achar uma saida para os pais desempregados evitando, assim, que a criança vá a campo e tenha se sujeitar ao trabalho gastando seu tempo de brincar, de estudar, perdendo a oportunidade de construir seu futuro.
A sociedade como um todo deve ser informada e educada para cuidar melhor de suas crianças, para isso não só a escola deve arregaçar as mangas, botar a boca no trombone, mas também as instituições religiosas, governamentais e não governamentais não só,para denunciar, denunciar é mais prático, denunciar é fugir da própria responsabilidade, muitas vezes quem denuncia é quem esta praticando ou fazendo crianças trabalhar. A mídia que por sua vez denuncia o trabalho infantil que acontece na rua, esquece que ela mesmo esta colocando crianças para trabalhar com a desculpa que estão sendo bem remuneradas, que viajam pelo mundo tendo a oportunidade de muito cedo conhecer outras culturas, e o perigo de uma viagem para o outro mundo? como fica o decreto 6.481 de 12/06/08 quando fala dos perigos em que a criança fica exposta, não adianta a mídia dize "Aqui tem educação", se ao mesmo tempo exibe adolescentes grávidas, jovens revoltosos, adolescentes e jovens metidos no meio da criminalidade, como acontece nas novelas. Jovens no espaço da escola tramando maldades contra outros jovens e adolescentes. Jovens na escola desrespeitando professores e diretores. Como a escola vai trabalhar junta às meninas a questão do vestuário adequado se apresentadoras que trabalham junto à criança usam vestimentas inadequadas. Não podemos culpar apenas o sistema, devemos rever todos os segmentos sociais a começar pela nossa casa, questionar programas na televisão em horários que a criança está na frente da televisão, aos domingos com programas para crianças exibidos a pleno meio dia, que o fortes até mesmo para adultos,. Brincadeiras de mau gosto, exposição da mulher em trajes mínimos, isso não é exploração sexual, indiretamente falando?
É preciso ter cuidado quando se fala em educação, educação não é apenas uma informação de momento, educação é algo que se aprende para a vida, educação não é ensinada é transmitida. Mas não só os pais e a escola tem o dever de passar uma boa educação para as crianças que estão crescendo, cada adulto, cada segmento da sociedade, todos os meios que a sociedade dispõe, devem ser usados de maneira que possam passar informações que realmente euquem, não só a criança, mas todos aqueles que tem acesso a esses meios. e quem faz uso desses meios deixe de pensar somente no lucro, mas pense um pouco no bem que pode fazer à sociedade, mas também no mal que pode causar.
Se no Brasil se pensa em erradicar o trabalho infantil, é preciso que se reveja muitos conceitos ditados pela mídia e pela sociedade de consumo. o capitalismo indiretamente provoca situações de extremo quando se pensa em sociedade. a sociedade vendo-se acuada pelo sistema, que possui muitas falhas, procura se defender criando mecanismos que muitas vezes põe em risco toda educação da escola.
Termino este texto com as palavras de Maria Stela Graciani que diz:"Independentemente do grau de desenvolvimento social, está ocorrendo uma crescente evolução tecnológica pois vivemos uma civilização em tempo de mudanças, na qual os meios de comunicação social tornam-se onipresentes, determinando comportamentos, atitudes, valores e estilo de vida. Vivemos imersos em um universo audiovisual cada vez mais complexo, e as crianças, os adolescentes e os jovens precisam assimilar e reacomodar seus códigos comunicacionais para captar e acompanhar o ritmo vertiginoso e transformação que a realidade lhes impõe."

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